
O bombeiro militar Antônio Carlos Gonzaga Coelho afirma que viu a filha pela última vez um mês antes da decisão do juiz. Desde então, segundo ele, não conseguiu mais informações sobre o paradeiro dela e da mãe, Rubia Scrócaro Coelho.
"O coração fica na mão. Um ano e 4 meses [que eu não a vejo]. Minha família somos eu, minha mãe e minha filha. O coração fica apertado. Você não sabe como ela está. A gente vem tentar sensibilizar as pessoas para que eu possa ter alguma informação. A saudade é muito grande. A gente não sabe o que faz, para onde que corre, suposições", diz.
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Bombeiro morador de Cravinhos, SP, busca informações da filha desde agosto de 2020 — Foto: Arquivo Pessoal
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Segundo Antônio, após o casal se separar, a Justiça decidiu pela guarda compartilhada da menina, com residência fixa no lar materno, em Brasília, onde a criança, que tinha apenas seis meses de vida, nasceu.
Porém, o bombeiro explica que tinha dificuldades para visitar a filha quando viajava à capital federal, devido aos empecilhos que, conforme o relato dele, a mulher colocava.
Diante da situação, o juiz Lauro Augusto Fabrício de Melo Filho, em decisão proferida no dia 18 de agosto de 2020, considerou "resistência materna, que não se limita a criar empecilhos para as visitas, mas também em lhe (ao pai) fornecer informações sobre a filha" e determinou que a menina passasse a morar com o pai.
"Hoje a minha filha está com sete anos e eu só consegui passar um mês com ela, que foi em julho do ano passado [2020]. Em agosto, ela sumiu com a minha filha e nós não temos mais notícias. Ela impedia, sempre causava empecilhos quando eu ia para Brasília. Eu viajava dez horas de carro para ir até lá e muitas vezes chegava e ela não atendia ligação e eu ficava sem ver minha filha", diz Antônio.
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A reportagem da EPTV, afiliada da TV Globo, tentou entrar em contato com a defesa de Rubia, mas não obteve retorno.
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Justiça alegou alienação parental e decidiu em agosto de 2020 que criança fosse morar com o pai, em Cravinhos, SP — Foto: Reprodução/EPTV
Relação conturbada
Antônio Carlos diz que conheceu Rubia Scrócaro em uma festa em Caldas Novas (GO) e os dois começaram a namorar pouco tempo depois. Com três meses de namoro, segundo Antônio, Rubia engravidou e então passou a insistir para que casassem.
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"Ela falou que queria casar e eu falei: ‘a gente não se conhece ainda, vamos continuar namorando até o filho nascer’. Ela ficava relutante, ela queria casar de qualquer jeito e que eu mudasse para Brasília. Eu expliquei que não tinha como, porque eu sou servidor público, bombeiro militar. O relacionamento sempre foi assim, ela tentando forçar para eu mudar para Brasília ou para eu casar com ela. Foi um pouco conturbado."
O bombeiro lembra que Rubia seguiu insistindo pelo casamento após o nascimento da filha e que, quando a criança tinha três meses de idade, o casal decidiu se separar.
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Rubia Scrócaro Coelho desapareceu com a filha em agosto de 2020, após decisão da Justiça — Foto: Reprodução/EPTV
Sumiços
Depois da decisão da guarda compartilhada, Antônio afirma que começaram as dificuldades dele para obter informações sobre a filha, inclusive em um momento em que a mulher se mudou com a menina para Curitiba (PR) e não comunicou nem ele e nem o juiz.
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Já em julho de 2021, a Justiça expediu mandados de busca e apreensão na casa da mãe de Rubia, em Brasília, mas a mulher alegou que não via a filha e a neta há pelo menos dois anos.
Diante das incertezas sobre o paradeiro da filha, Antônio destaca a preocupação com as condições em que ela está vivendo.
"A gente fica preocupado com a situação da minha filha, como está conseguindo sustentar ela e a fonte de renda, como ela está conseguindo viver, onde ela está morando, o que ela está comendo', completou.
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Antônio Carlos Gonzaga Coelho, de Cravinhos, SP, viu a filha pela última vez em julho de 2020 — Foto: Arquivo Pessoal